Governo- República da Turquia
Presidente- Recep Tayyip Erdoğan
Recep Tayyip Erdoğan é um político turco, atual presidente da Turquia desde 28 de agosto de 2014. Anteriormente, ocupou o cargo de Primeiro-ministro do país entre 14 de março de 2003 e 2014, tendo sido também Prefeito de Istambul de 1994 a 1998. Erdoğan é o fundador do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP). Tendo iniciado a sua carreira política como um islamista e democrata conservador, o seu governo tem sofrido transições graduais ao conservadorismo social e também ao liberalismo económico. No plano de política externa, o governo turco tem dado enfase ao Neo-otomanismo, envolvendo-se abertamente em questões diplomáticas anteriormente sob domínio do extinto Império Otomano, antecessor do moderno estado turco. O presidente turco limitou os poderes políticos dos militares através de dois controversos processos políticos. Mas o que faz de Recep um tirano? Que evidencias temos que nos permitem dizer que a Turquia está sobre um regime liderado por um tirano?
Ambição:
Erdoğan escolheu Davutoğlu para sucedê-lo na chefia de governo, resultando na sua eleição por unanimidade sem nenhuma oposição. Além disso, a presença maioritária de aliados de Erdoğan no gabinete de Davutoğlu também tem alimentado especulações de que este pretenda exercer um controlo substancial sobre o funcionamento do governo. Durante o governo Erdogan, os poderes de longo alcance da Lei Anti-Terrorismo de 1991 foram reduzidos e o processo democrático iniciado, cujo objetivo seria de melhorar os padrões democráticos em geral e os direitos das minorias étnicas e religiosas, em particular. Erdoğan acabou por reformular seu gabinete em 25 de dezembro de 2013, substituindo 10 ministros horas depois da demissão de três ministros, cujos filhos haviam sido detidos pela polícia. As negociações acerca da entrada da Turquia na União Europeia foram paralisadas em 2009, após o país ter fechado seus portos aos navios cipriotas em retaliação ao isolamento econômico da República Turca de Chipre do Norte. após a suspensão do processo de adesão da Turquia à União Europeia, autoridades europeias notaram um retrocesso quanto à liberdade de expressão e de imprensa. Erdoğan é acusado de denegrir a credibilidade do judiciário do país, condenado pelas suas ações como tentativa "desesperada" de ampliar o controlo político sobre as cortes. São estas atitudes que provam que Recep Tayyip Erdoğan é um tirano, a ambição de um tirano é insaciável.
Violência:
Em 24 de Novembro de 2014, afirmou Erdoganː "O Alcorão suporta, que as mulheres não podem ser consideradas como iguais aos homens" e disse que, segundo o Islão, o papel das mulheres na sociedade é fazer filhos. E aindaː "os dois sexos não podem ser tratados da mesma maneira porque é contra a natureza humana" e que não podemos colocar uma mulher que está amamentando e um homem no mesmo plano. Grupos de defesa das mulheres turcas acusam o governo de incentivar a violência doméstica. Segundo esses grupos, "mais de 200 mulheres foram mortas na Turquia por seus maridos ou companheiros desde o começo do ano". Em fevereiro de 2016, Erdoğan ameaçou enviar milhões de refugiados sírios na Turquia para outros países da Europa. Também declarou aos jornalistas que qualquer um que tentasse ligar seu nome aos escândalos teria "sua mão esquerda cortada". O governo Erdoğan anunciou um plano para finalizar o longo conflito causado pela Rebelião curda. O presidente também é acusado de apoiar o genocídio armênio, de restringir a liberdade de imprensa e de incitar o antissemitismo no seu país
Falta de segurança:
Os seus críticos acusam-no de liderança autocrática e de tentar impor leis de orientação islâmica ao país. Entre maio e julho de 2013, uma onda de protestos anti governo tomaram as ruas e as forças de segurança do país foram acusadas de violência excessiva na repressão e Erdoğan acabou por ser acusado de autoritarismo. Determinou o desmantelamento da "Estátua da Humanidade", um monumento dedicado às relações de amizade conquistadas após décadas de disputa política. Inúmeros artistas e intelectuais opuseram-se à demolição do monumento, dois deles sofreram agressões físicas após um encontro com outros artistas. Em dezembro de 2013, a polícia turca deteve mais de 50 pessoas e prendeu 16 outras, incluindo o gerente-geral do Banco Estatal Turco, e filhos de três ministros do governo, sob acusações de corrupção. De acordo com a Comissão Europeia a Turquia tem falta de "liberdade de expressão, pensamento, consciência, religiosa".
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