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Nicolás Maduro (Venezuela)

Governo- República federal e presidencialista governada pela Constituição

Presidente- Nicolás Maduro


Em 14 de abril de 2013, Maduro foi eleito presidente da Venezuela. A sua presidência foi marcada pelo declínio socioeconómico venezuelano, com acentuado crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome. A escassez de produtos de subsistência na Venezuela e uma queda considerável no índice de qualidade de vida no país, resultou numa série de protestos populares a partir de 2014 que foram aumentando de intensidade com o tempo, instigando uma resposta violenta das forças de segurança do governo, causando dezenas de mortes, ajudando a puxar ainda mais para baixo a popularidade de Nicolás Maduro. Para a oposição, Nicolás Maduro está, efetivamente, a transformar a Venezuela numa ditadura sob o seu comando. Mas o que faz de Nicolás um tirano? Que características tem ou que direções tomou para que estejamos diante um ditador?

Ambição:

Nicolás Maduro é capaz de tudo para ter o poder absoluto, mesmo violando as regras do próprio país em que governa. A sua impopularidade levou a oposição a vencer as eleições parlamentares de 2015 e dominar a Assembleia Nacional, porém Maduro conseguiu contornar a autoridade do legislativo e manter seu poder total através da Suprema Corte e os Tribunais Eleitorais, junto com outros corpos políticos, todos dominados por seus apoiantes, contando também com apoio dos militares. Em 2017, o presidente conclamou uma constituinte, não sancionada ou apoiada pelo parlamento, enchendo-a com seus partidários, efetivamente removendo os poderes da Assembleia Nacional. São estas atitudes que provam que Nicolás Maduro é um tirano, a ambição de um tirano é insaciável, além de já ser o presidente da Venezuela e ter o poder executivo, controlando a Assembleia Nacional domina o poder legislativo e como é a Assembleia Nacional que designa os eleitos membros com o poder judiciário, o presidente também o domina.

Afastar os justos:

Ao contornar a autoridade do legislativo e manter o seu poder total através da Suprema Corte e dos Tribunais Eleitorais afastou os seus oponentes, que tinham vencido as eleições parlamentares de 2015 de maneira justa, remover o poder da Assembleia Nacional e encheu todos estes corpos dominados pelos seus apoiantes e partidários. Assim, verificamos que o tirano tem a capacidade de distinguir o bem do mal e, portanto, quando é confrontado com o bom dos seus oponentes sente-se intimidado, uma vez que a bondade desses homens irá realçar a maldade do tirano e exibir uma nova opção de governar: através do bem. Desta forma, o tirano afastou os bons e justos e rodeia-se de injustos.

Afastar o bem:

Esses movimentos antidemocráticos levaram a condenações dentro e fora da Venezuela, com várias nações, como os Estados Unidos, impondo sanções contra o país. Em maio de 2018, foi reeleito para um mandato de seis anos em uma polémica eleição, não reconhecida pela oposição, pela Organização dos Estados Americanos e União Europeia, além de países como Estados Unidos e Brasil. Acabou reeleito em 2018, num pleito controverso e não reconhecido pela oposição e pela comunidade internacional, com muitos países e órgãos supranacionais não admitindo mais sua legitimidade como presidente. Em janeiro de 2019, Maduro foi empossado para um segundo mandato. Isso acabou gerando uma grave crise política interna, com a Assembleia Nacional não reconhecendo a posse do presidente e várias nações do mundo removendo seus embaixadores de Caracas, como protesto.

Falta de segurança:

O crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome devido à escassez de produtos de subsistência na Venezuela levou a protestos populares com resposta violenta das forças de segurança do governo, causando dezenas de mortes.

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